terça-feira, 31 de maio de 2011

Entendendo a vida



Ela brincava no quarto ao escutar novamente todos aqueles gritos.
Olhou pela brecha da porta, sua mãe e o namorado mais uma vez discutiam muito alto.
Estava confusa, não sabia se deveria ir até .
Abriu um pouco a porta, pra tentar ouvir o que se passava.

Ele havia saído, e sua mãe chorava escondida, sentada atrás do sofá da sala.
Aproximou-se e tentou abraçá-la.
Sua mãe gritou enfurecida:
- A culpa é sua, se você não existisse tudo seria mais fácil pra mim.
Talvez ela nem soubesse o que estava falando na hora, mas precisava descontar sua raiva, e a pequena era como uma válvula de escape naquele momento.
Confusa, com o que acabara de ouvir, correu de volta para seu quarto e não chorou, mais uma vez engoliu o choro e naquele momento resolveu ir embora.
Esperou a noite chegar e pegou a grande mala de rodinhas no quarto da sua mãe, colocou todos os seus gibis, alguns do seus ursinhos prediletos, pegou seu pacote de doces no armário da cozinha e estava pronta.
Ir embora não era só seu desejo, queria ir em busca de carinho e afeto que todos os seus amiguinhos recebiam e comentavam na escola.
Bem cedinho, ao raiar do sol, sem ao menos trocar sua roupa de dormir, pegou as chaves em cima da geladeira, abriu a porta devagar e saiu, puxando aquela enorme mala de rodinhas em uma mão e um saco de jujubas na outra, não chorava muito, na verdade ela só queria sair dali.
Depois de alguns minutos de caminhada, chegou em frente ao rio da cidade, sentou ali e ficou observando sua tristeza refletir na água.
Pensou muito, seu pequeno coraçãozinho estava partido.
Ficou desejando ser um peixinho, igual àqueles que pulavam ali, mas estavam sempre em bando um cuidando do outro.
E de repente na briga com seus pensamentos questionou-se:
Mas, e agora? Não estando lá, quem vai cuidar da minha mamãe?
Quem irá defendê-la de seu insuportável namorado?
E quando a noite chegar quem irá me colocar para dormir?
O dia havia passado muito rápido e enquanto a noite se aproximava, puxava sua mala no caminho de volta pra casa, quando ouviu o desesperado grito de sua mãe chamar por seu nome.
Soltou a mala, e correu pra sua mamãe.
Que chorava e pedia perdão pelo que havia dito.
Olhou nos olhos da sua mãe, e naquele momento percebeu que era sim amada, que fazia sim muita falta. Começava ali a entender um pouco da vida.
A sua mãe já sabia, mas o acontido a fez relembrar a grande importância da sua filhinha em sua vida.
Deu lhe um forte e afetuoso abraço, e a partir dali nunca mais se recusou a repetir esse abraço todos os dias.

"Não importa o problema, eu sei que no final um abraço ameniza tudo."

Por: Condessa Suy

domingo, 29 de maio de 2011

Diamantes olhos negros

Olhei as horas, ele, estava prestes a chegar, mania dele de marcar e sempre chegar meia hora antes. 
Estava quase pronta, quando escutei a campainha tocar, então me apressei, peguei meu casaco, desci e abri a porta.
- Boa noite amor. 
Ele falou em seguida de um beijo.
Eu respondi com um sorriso, é sempre assim, não consigo receber um elogio sem ficar constrangida.
- Pessoa, vai tocar em algum lugar legal hoje? 
Perguntei na esperança que hoje não fosse igual ao ultimo sábado, que ele tocou em um barzinho na vinte um de setembro.
- Hoje eu vou fazer um show particular.
Como alguém podia dar um sorriso daqueles, eu pensei, já fiquei logo imaginando a noite, ele, iria  tocar para um casal de velhinhos comemorando bodas de ouro e cantar Roberto Carlos a noite inteira, então nem respondi só fiquei com a cara de tédio.
-Vem vamos descer nesse ponto.  Puxou-me e descemos do ônibus, passou o braço sobre meus ombros e continuou:
 - Hoje meu show particular é seu bobinha, vou cantar pra você e te beijar a noite inteira, escolhi de cenário o lugar que você mais gosta a praia dos sonhos.
Realmente, é minha predileta, durante a noite é ótima pra observar as estrelas, e eu idiota, pensando besteira.
Sentamos em frente ao mar, meio que um de frente para o outro, ele retirou o violão da capa, olhou-me com aqueles lindos olhos negros e falou:
- Só quero dizer o quanto você mudou minha vida pra melhor, não faz idéia de como me faz feliz, e como eu estou viciado em você, eu sei que não sou La o melhor com as palavras, mas sei que o que digo é de coração.
Pegou o violão e começou a cantar nossa musica. (Black – Pearl Jam)
Nossa! Foi passando um filme na minha cabeça desde quando o conheci, e as lagrimas eu não podia conter de emoção, nunca imaginei que alguém poderia acertar meu coração daquela forma com um tiro certeiro que me aprisionou em meus desejos e emoções.
Tê-lo de presente, foi uma surpresa deliciosa, que mudou radicalmente o rumo dos meus caminhos e a minha vida. 
Logo eu que sempre fui tão coração de pedra, ele foi me conquistando e a cada dia que passava ficava mais difícil não me entregar a doce sedução do seu olhar e o seu jeito todo especial de sorrir e de desejar me amar.
Cantou! E em seguida me abraçou forte durante uns quarenta minutos.

Sussurrei no seu ouvido: - Eu te amo, obrigado por me amar assim do jeitinho que eu sou.
- Linda? 
Perguntou com aquele sorriso e covinhas perfeitas.
O beijei, e me acariciava os cabelos, e eu olhava o brilho da lua refletir através de seus diamantes olhos negros.

Eu nunca havia acreditado em contos de fadas, mas ele me faz sonhar e viver uma linda historia de amor.


 Amor verdadeiro a distancia não destrói
O tempo não o apaga ele vive sempre em nós
Ao olhar seus diamantes olhos percebi
Que tudo que eu sempre sonhei
A vida mandou de presente pra mim


Doce sentimento, verdadeiro e sincero
A cada dia, tenho plena certeza
Que pra vida inteira te quero
Abraçados admirando o mar
Ou no rio tomando banho de cachoeira

Vou cuidar de você e te fazer muito feliz
Construir juntos um belo futuro
Como você sempre quis
Ouvir-te cantar e te acompanhar
Em cada show nesse País



Por: Condessa Suy

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O verdadeiro amigo



Só ela sabia o quanto a vida andava difícil e amarga.
Era sempre assim: milhares de dias ganhando e outros milhões perdendo. E assim ia vegetando nessa imensa bola azul, que dava voltas e a fazia ser aos poucos quem na verdade ela sempre foi.
Ultimamente andava pensando mais do que nunca na vida, nas pessoas, pensando tanto que às vezes sua cabeça parecia que ia explodir.
Andou dentro de casa, comeu chocolate, chorou escutando musica, mas nada adiantou.

Sentia muita falta de alguém para ouvi-la, mas seu orgulho tamanho a impedia de procurar alguém.
Pegou seu velho e rabiscado diário e saiu em busca de aliviar seus pensamentos e emoções, não precisou andar muito, logo ali do lado da sua casa havia uma pequena praça com uma bela arvore, onde fazia uma sombra tão gostosa. Sentou-se ali, pegou seu diário e desabrochou tudo que sentia, todas as mágoas que trazia, todo ódio que guardava. Escreveu sobre seus erros e sobre todos os seus pensamentos, até mesmo aqueles mais sujos.
E ao terminar notou que seu velho diário não a olhava com desprezo, não a julgava. Folheou aquelas páginase viu as suas antigas confissões, os seus mais íntimos segredos estavam ali. Nossa! Como pôde esquecer quão bom era escrever, colocar no papel o que nunca falaria pra ninguém, e o melhor de tudo isso era saber que o seu diário estaria ali sempre pronto a ouvi-la e a abrir suas páginas da forma que chegasse, alegres nos dias de sol ou mesmo tristes com seus desamores.
Voltou pra sua casa de alma renovada!
Daquele dia em diante nunca mais foi a mesma, havia feito mais uma descoberta na sua vida: a importância de escrever. Desde então amou as palavras com todas as forças e fez do lápis e papel seu refúgio.
“Escrever é uma compulsão, as palavras formam os fios com os quais tecemos nossas experiências.



Por: Condessa Suy




quarta-feira, 25 de maio de 2011

Saudade da ingenuidade


Há! Que saudade de ser criança
De saber rir bem auto
 De brincar com a vizinhança
E me esconder atrás do carro

Sozinho com meus brinquedinhos
Ou no quintal brincado com a lama
Era tão feliz, não sentia falta de carinho
Pulava até cansar e cair na cama

Há! Que saudade da minha ingenuidade
De poder acreditar nas pessoas facilmente
Sem saber da verdadeira realidade
Mas o vento da mudança chega de repente

Sussurrando em meu ouvido
Trazendo a solidão de presente
Nessa nostálgica vida me vi perdido
E agora só me resta esperar paciente

Mais uma vez meu peito clama
Com o vai e vem do tempo dança
A dor não passa, nunca estanca
Só resta-me a doce lembrança



Por: Condessa Suy




segunda-feira, 23 de maio de 2011

Estrelas


Ela gritou aquela noite, seu quarto estava pequeno demais, arrumou as suas roupas, colocou sua mochila nas costas e fugiu.
Caminhou rápido cabisbaixa, chutando as latas de refrigerante que aparecia no caminho.
Parou na praia olhava o mar sozinho e identificava-se com ele.
Ela havia cansado, sentia-se só, sua alma estava fadigada, doía manter-se fechada isolada nessa masmorra imaginária que ela mesma havia criado pra se proteger do mundo, desse mundo onde o que vale é o que você tem, onde a hipocrisia e o desamor são casados e educam a cobrança e a injustiça.
Seu peito doía, ela chorava, estava com raiva e confusa.
Naquela noite ela não mais olhava a vida por grossas lentes da ilusão. Ilusão que sempre foi seu refúgio, e que ela havia alimentado durante toda a vida dia após dia, na esperança de matar sua própria realidade.
Aquela noite era diferente, mudanças estavam acontecendo, ela precisava olhar para dentro do seu interior e encontrar respostas.
Largou a mochila na areia, tirou os tênis e foi sentir a água nos seus pés, aquela água gelada que fazia companhia pra suas lagrimas, olhou pra cima: lá estava à grandiosa lua que por mais uma vez estava a observar todas as suas agonias e seus devaneios.  Permaneceu ali observando toda a noite, A lua fria, sombria, exuberante, onde todas as noites era venerada pelas estrelas. Nossa! Ela nunca tinha notado isso: a lua não estava só. O sol sim é solitário, com seu calor excessivo, sempre tendo que manter distância de tudo e todos.
O melhor mesmo é ser igual à lua que deixa o sol brilhar e levar toda honra do dia, mas que não pode sequer encostar-se em nada sem destruir com seu calor demasiado.
Ainda um pouco perdida em seus pensamentos, levantou-se, e voltou pra sua casa, onde suas estrelas a esperavam.
Naquela noite ela entendeu que é necessário controlar a mente, as emoções e viver em total realidade. Querer fugir de si própria não vai adiantar, e sim continuar a seguir tirando forças dos pequenos detalhes e dar mais valor às estrelas que estão sempre tão perto que às vezes se quer enxergamos.
Correu para sua casa e abraçou apertando a sua velha mãe, que soluçava de felicidade por não lembrar a última vez que ganhara um abraço da sua filha.
Logo em seguida voltou pra sua ilusória e triste realidade, porém, agora mais doce e agradável com essa descoberta que sempre esteve ali: as “ESTRELAS”.

Por:Condessa Suy

sábado, 21 de maio de 2011

Perdida em lagrimas



Um olhar nostálgico e secreto
Que lembrança sofrida trazia
Sonhava com um amor discreto
Que por medo nunca nutria
 As lágrimas gritavam seu lamento
E a tristeza matava toda sua esperança
E lá estava sua alma perdida no imenso
Correndo pela floresta da lembrança

Onde a árvore do desespero
Perturbava em meios às pedras do desamor
Fazia-a tropeçar em seus devaneios
Com um tremor avassalador

Caída em meia floresta do medo
Com angústia no coração delicado
Engole a dor das suas lembranças no seco
E levita no vento da floresta perfumado



Por: Condessa Suy

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Noite fria


Mais uma noite sozinha e aflita
Com meus loucos pensamentos
Sem você por perto estou perdida
Vou de encontro ao vento

Ó noite escura conte-me tua historia
Choras comigo, desabafas teus tormentos
Ou me alegras ao declamar tuas glorias
Arranca essa agonia por um momento

Meu frágil coração dilacera
Sente falta da sua companhia
Nos soluços amargos te espera
Não agüentando mais essa monotonia

Necessito dos teus encantamentos
Esse doce sorriso e sua leveza
Fizestes mudar meu temperamento
Desejo-te com toda minha pureza.



Por: Condessa Suy

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quero-te


"...Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores.”
[Caio Fernando Abreu.]


A unica certeza que tenho é que eu te quero.
Quero sentir seu cheiro, sentir seu abraço, sentir o gosto do seu beijo.
Quero você de manhã e de noite, na minha cama ou nos meus braços do meu lado.
Quero ver você dormindo, e ficar mexendo nesses cabelos compridos.
Quero o seu calor pra me esquentar em uma noite fria e dormir com os pés juntinhos fazendo carinho.
Quero que fale que me ame, com esse seu sotaque lindo, só pra eu ficar arrepiada. Quero pra sempre esse seu sorriso encantador que me passa uma paz e me deixa extasiada de amor por você. Quero te contar tudo que eu fiz no meu dia, mesmo que seja chato e eu não tenha feito nada interessante.
Quero-te como um amigo, e como um amante.
Quero você com tudo que eu posso querer como nunca quis alguém antes, com toda a intensidade e com todas as minhas forças.


Por:Condessa Suy

quinta-feira, 12 de maio de 2011

No amor, na dor e para sempre!

No século xx em um baile de aniversario da cidade, Um jovem viúvo chamado Marcos conversa com alguns amigos, quando avista uma jovem dama trajando um vestido de voiale de cor cinza e dona de uma beleza unica, observou bem, notou que ela estava acompanhada pelo pai, esperou ele se afastar, e foi até La, esticou a mão e tirou ela pra dançar. A jovem um tanto assustada nunca tinha namorado ou pelo menos dançado com algum homem antes, mas decidiu aceitar. Foi a melhor dança da vida dele, ele reencontrou o amor, nunca havia visto tamanha beleza.  No dia seguinte foi saber quem era a moça, de que família e etc.
Raimunda ela se chamava, e ele ficou encantado ao saber a historia dela. Filha mais velha de seis irmãos, havia perdido dois deles em um naufrágio, onde sofrera demais por isso. Estudiosa, passava três horas  em cima de um cavalo pra estudar em outra cidade, e aos 18 anos já era escrivã do cartório da cidade. Então decidiu conquistar o coração dela. Comprou flores e foi até sua casa pedir a mão dela em namoro, mas ela não aceitou. Ele era vinte três anos mais velho que ela,  e ela não ligava pra essas coisas de namorado ainda. Mas ele não desistiu fez tudo que pode, até que um dia contratou uns violeiros e foi pra porta dela cantar:  “Meu periquitinho verde,  tire a sorte por favor, eu quero resolver,este caso de amor,pois se eu não caso, neste caso eu vou morrer.”
Foi ai que ela se encantou e realmente conheceu o amor.
E prometeu cuidar dele pra sempre.
O pai dela implicou, brigou, mas nada adiantou era ele que ela queria.
Todos os dias ele ia até sua casa levava bombons e pegava em sua mão. Dia 30 de outubro de mil novecentos e quarenta,
foi o dia mais feliz de suas vidas, onde ela deu seu primeiro beijo no dia do seu “CASAMENTO”.

Tiveram doze filhos, quarenta e oito netos e treze bisnetos.
Foram casados durantes sessenta e noves anos.

Foi o casal mais lindo que vi, nada comparado a filmes e a novelas.
Ela como havia prometido cuidou e o amou até o seu ultimo suspiro.

Marcos Rodrigues Teixeira faleceu no dia cinco de setembro de dois mil e dez de velhice.
Raimunda Moreira Teixeira, está viva e eu sou uma dos quarenta e oito netos.

Olhando ela velhinha aos oitenta e oito anos me contando toda essa historia com sorrisos e lagrimas no rosto perguntei, vovó como fez pra chegar até a sua idade? Ela me respondeu em três frases.

 “Só estou viva até hoje por que sempre soube perdoar.”
“ No amor tem que existir respeito e consideração”
“ Eu vivi e amei”


Foi as palavras mais lindas que já ouvi em toda a vida.
E sou totalmente orgulhosa de ser fruto de uma historia tão Linda como a de meus avós!

Por:Condessa Suy

O Sorriso de uma Fada



Eu vejo na calada da noite
Um ser fascinante
Vindo de longe minha donzela
Cujo olhar brilhante
Fez com que delirasse com ela

Minha voz ficou fraca
Não conseguia dizer nada
Apenas ficava admirando
O doce sorriso de uma Fada

Suas palavras saiam como musica
Cantava como um belo pássaro
Era de verdade, por mais que não acreditasse
Nunca mais acharei um ser tão raro

Maravilhosa noite me recorda
Como se fosse ontem
Sua beleza me envolvia
Minhas forças eu não mais sentia

Por: Bruno

quarta-feira, 11 de maio de 2011

chega!

Resolvi ir à casa de vovó, alguns dias que não a via. Assim que cheguei que parei a moto, recebi um telefonema que me deixou muito irritada , só fofoca de uma suposta "amiga" que gosto muito.
Minha cabeça já ficou a mil,
essa semana foi muito estressante.
Ultimamente ando refletindo muito sobre meus conceitos, tudo que um dia eu já dei valor, como se tivesse com uma venda pra não enxergar tanta gente falsa e hipócrita ao meu redor, com sorrisinhos e abraços, e te falando tudo que você quer ouvir.  E quando você vira as costas seu nome esta na boca do povo, sendo julgado. E até mesmo nos difamam por coisas que nunca fizemos ou dissemos, e falam da nossa aparência, capazes de até nos fazerem sentir mal, onde nasce um sentimento de culpa e a nossa auto estima some de vez. O mundo é podre! Eu ando tão confusa com tudo isso. E a única vontade que eu tenho é de me esconder, eu cansei de chorar,  cansei de sentir falta de abraço de atenção, Aprendi o quão bom é ter momentos sozinha, Antes eu tinha tanto medo da solidão e hoje estou aprendendo a  enxergar  isso como uma boa forma de me conhecer,me descobri, me entender e me aceitar. Por que na verdade quem eu mais preciso é de MIM, de minha força de vontade, de me conhecer melhor e de manter um relacionamento estável comigo. Eu cansei de tentar ser uma pessoa melhor pros outros. E aceitar que me culpe por isso e por aquilo,  de tal forma que até eu mesma acreditava, CHEGA! O que eu fizer agora vai ser por mim.


"Não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam" (William Shakespeare)



Por: Condessa Suy

Ansioso cortejo


Andes meu conde sem demorar
Estou pronta a te receber
Traga flores ao me cortejar

Toma-me pela mão direita
E com caricias me faz delirar
Até o sol despertar

Não importa o tempo
Sei que virá me encontrar
Ansiosa, almejo o momento

Do tão esperado dia chegar
Adormeço sentindo o vento
E sonho em seus fortes braços estar



                       


Por:Condessa Suy (participação de Bruno)




segunda-feira, 9 de maio de 2011

Belíssima Lua

Novamente o sono fugiu de mim, e aquela velha “tristeza” fez questão de hoje me visitar, andei de um lado pro outro e roí todas as minhas unhas novamente. Entrei no msn pra achar alguém pra conversar mas não encontrei o que queria. Começou a chover aqui (coisa que raramente acontece). Levantei, abri a janela e fiquei olhando a chuva, sentindo a luz da lua no meu rosto. Não contive as lágrimas, ultimamente ando muito assim, chorosa. Frustrante me pegar toda hora pensando em você, logo eu? Que nunca dei o braço a torcer, será? Pensei com uma ruga de preocupação na testa. Será que estou apaixonada? E passando um filme na minha cabeça, Começo a entender-me, difícil seria se eu não me apaixonasse por você, Você sempre bem: “Você me aguentava falar a noite toda sem parar, me aturava gritar com medo de barata, e falava pra eu não me sentir sozinha, porque você iria estar sempre ali”.
Às vezes eu parava e ficava só te olhando hipnotizada, com aquele sorriso e covinhas perfeitas, com aquele olhar que me passava uma segurança, e aquela boca ROSA, desenhada. E você me perguntava – Amor esta ai?
E eu La demasiadamente entregue aos seus encantos.
Mas e agora onde estás?
Estas cada vez mais longe de mim.
E isso me dói muito. Eu não sei o que pensar, Estou confusa.
Tanto que fugi desses sentimentos. Foi como se estivesse correndo em círculos. Não sei ao certo o que se passa dentro dele; Sinto que está cada vez mais frio mais distante. Então vou sufocando esse sentimento dentro de mim, até que ele morra lentamente.
E continuar a ser a mesma de sempre, vazia como estou agora, sentindo o cheiro da chuva e olhando a beleza da lua, que de certa forma me consola, e sempre que eu me sentir sozinha é só abrir a janela que tenho uma belíssima companhia.

Por:Condessa Suy

domingo, 8 de maio de 2011

Delicada Dama


Feita de restos de anjos
Entre rosas, versos e vinhos
Iluminada pelo sol
Atravessando a floresta cortando caminhos

Chutando as pedras
 Ignorando seus sentidos
Adentra novos mundos
Buscando pelos seus desafios

Tens uma alma que encanta
Perfume, que embriaga
Se porta como uma dama
Dona de um sorriso que afaga

Sensual, meiga e sombria
Deita-se ao luar
E sonha até o dia raiar
A hora de seu amor encontrar






Por: Condessa Suy 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Descobrindo-me


Depois de dias corridos e esforçados , hoje resolvi  caminhar por ai, ter um momento só meu, pois tive um dia diferente, venho percebendo as mudanças em mim mesmo e não a nada melhor que a realização pessoal, eu realmente estava me sentindo mais leve. Sai de casa procurando um lugar, queria algo diferente, um lugar sem movimento. Queria ficar só com meus pensamentos.
Nossa !!!  Lembrei-me do porto  que eu  ia quando pequena, só pra  chorar  e admirar aqueles gigantescos navios que passavam sempre lá. Então decidi retornar.
Ao chegar,me surpreendi,  eu havia esquecido a beleza daquele lugar.
Me fez lembrar minha infância que foi um tanto conturbada,
Sempre fui fechada  nunca fui de falar o que sentia.
Sempre guardava tudo, coloquei um armário dentro de mim onde eu engolia tudo no seco sempre.
Acabou que fui crescendo, e cada vez mais acumulando... Isso me matava aos poucos.
Eu responsabilizava o mundo por todos os meus medos.
Tornei-me uma pessoa altamente ansiosa.
Sempre me achando feia, baixo astral, incapaz e cada vez mais gorda.
Mas  guardava tudo no armário, nunca falava nem demonstrava isso pra ninguém.
Escondia-me atrás de máscaras e demonstrava ser uma pessoa forte, cheia de ideais.
Certo dia olhando-me profundamente e caindo na real percebi que existia algo errado.
E eu precisava IR em busca do meu verdadeiro eu. Deixar que as máscaras caíssem e fazer uma faxina geral.
Resolvi me conhecer, comecei a entrar em contato comigo mesma, isso foi um tanto complicado, Conviver comigo todo esse tempo e ter que me conhecer  de verdade só agora?
Descobri-me, seria a palavra certa.  E foi então que decidi assumir a responsabilidade de ser livre e fazer tudo por mim, sempre me colocando em primeiro lugar, sem criar uma imagem ou falar o que não estou afim, para agradar os outros.Isso tem sacudido e mudado minha vida totalmente.
Estou juntando os cacos que restaram, Sei que é tudo questão de tempo e aos poucos tudo vai se encaixar,  mas estou orgulhosa e me sinto muito bem, sensação mais gostosa essa, de  ir ao encontro de si mesma.


Aqui estou novamente
Vendo esse navio passar
Dessa vez sem choro
Não tenho lagrimas a derramar

Estou vivendo um recomeço,
Admirando sempre o por do sol
Descobrindo meu eu verdadeiro
Sem me esconder embaixo do lençol

Sei onde quero chegar
E ninguém me fará desistir
E quantas vezes precisar
Eu virei ao encontro de mim 


Por: Condessa Suy

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Liberte-se

Cabisbaixa acabara de descer do ônibus da escola, vindo do ultimo dia de aula , estava de férias,(todos os  coleguinhas da escola estavam saltitando de alegria), e eu com os olhos cheios de lagrimas indagava baixinho: haaaa “todo esse tempo sozinha” .A escola era a minha única distração, La eu não costumava ver o tempo passar. Dias passaram e chegou o natal, estava muito feliz, mamãe mandou avisar que chegaria a tempo da ceia esse ano.
Coloquei o meu melhor vestido o que ganhei da tia gloria no meu aniversario de 7 anos.
O grande dia chegou mas mamãe não havia telefonado , ela sempre avisa antes de chegar.
Fiquei  ansiosa  a sua espera , mesmo com meu coração gritando que mais uma vez ela não viria, esperei até cansar.. Fui pro meu quarto e meus olhos demonstravam tudo que meu coração sentia.Mais uma vez qualquer outra coisa veio primeiro, do que eu pra ela.
 Passei a noite sentada na janela olhando o natal da família Blitt.
Passavam tantas coisas na minha cabeça, não era inveja, entende? eu pensava...  Como será ter um natal em família sabe,  Eles radiavam tanta felicidade que ultrapassava a janela do meu quarto . Começou a chover forte e trovejar muito ; acabei pegando no sono . foi quando ele apareceu e me deu a mão , Respiração forte e meu coração enganchado na garganta , eu perguntei :  Quem é você ?  E me estendendo a mão disse com uma voz doce e confortável. Venha comigo não tenha medo!
 Levantei-me da cama devagar  e um pouco tremula,  pulei a janela e a lua estava a se por , e eu indaguei : mas pra onde vamos? Esta  “chovendo” e ele  com uma segurança  memorável respondeu  não precisa ter medo da chuva, as rosas precisam ser regadas para se manterem fortes e firmes, e não serem levadas pela tempestade.
Vamos venha .. dance abra os braços liberte-se, sinta a chuva lavando a sua alma .
Rodei , pulei , abri os braços, corri e me senti livre.
E notei que me prendia dentro da minha própria gaiola.
E sempre rejeitava sair. 
Ele já indo embora .. pedi não vá, fique!
Ele me respondeu ai só depende de vc!
Perguntei  mas e vc ? fale quem és !
Eu sou quem vc sempre manteve preso dentro da gaiola , sou a FELICIDADE.
Não tenha medo da solidão, não afaste as pessoas de vc.
Abra a gaiola e seja você mesma e jogue as mascaras e o orgulho fora.
De repente acordei com o sol radiando meu rosto e toda molhada, sentei na cama passei a mão nos cabelos  e quase não acreditei no que se passara, tive o melhor natal da minha vida.
Precisava contar pra alguém fui no banheiro, troquei de roupa e quando fui procurar minhas sandálias embaixo da cama havia um presente La. E nele um bilhete escrito: Minha rosa, não pude estar ai com você, mas tenho certeza que os anjos estiveram. Mamãe te ama.


Aprendi a dar valor a cada momento, a cada por do sol , a cada vento que balança meus cabelos. E a me amar sempre em primeiro lugar sem medo  da felicidade...
E jamais  perder a oportunidade  de “DANÇAR NA CHUVA”.

Por: Condessa Suy